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por thathys, em 15.02.17

Texto tirado da Página Diabética Ruim.

 

A ADA é a American Diabetes Association, ou seja, uma associação de diabetes americana, e que tem como um dos seus legados criar protocolos anuais de como conduzir o tratamento do diabetes.

E dai Marina? Eu moro no Brasil....

Eu tbm, mas eles são responsáveis pelas diretrizes quando o assunto é o tratamento do diabetes, se vc parar pra ver, quase todos os médicos estão em Paris em um congresso nesse exato momento (e eu queria estar lá tbm, mas sou pobre, enfim). O que vale aqui é a pauta desse ano que foi algo do tipo: como tornar a vida do diabético mais próxima possível do normal, como deixar que ele não tenha uma vida tão sofrida?

E o melhor: como fazer com que o médico trate além da prescrição de remédios?

O que torna tudo isso muito interessante é que o meu blog tem apenas 2 anos de vida, e desde o começo sofri muitos e muitos ataques de pessoas que eram totalmente contra o que eu falo, posto, escrevo e prego. Mas incrivelmente se percebe um movimento muito forte internacionalmente de várias entidades batendo nessa mesma tecla: É PRECISO TRATAR A MENTE PARA CONSEGUIR SE TRATAR O CORPO.

Lógico que os médicos desejam número maravilhosos, gráficos lindos, variações glicêmicas impecáveis, e para isso eles prescrevem inúmeros tratamentos de ponta (e q muitas vezes é totalmente fora da realidade financeira do paciente), mas quase sempre eles deixam de pensar e analisar o lado humano daquela pessoa. Cabe ao médico além de olhar os exames laboratoriais conversar com seu paciente durante a consulta, tentar entender como ele se sente em relação a doença, perceber se existe algo fora do normal e se isso pode ser o motivo do seu descontrole. Os médicos precisam parar de olhar um número 400 no glicômetro e soltar um grito “Ahh o que a senhora comeu nesse dia pra ficar tão alta assim?” e começar a falar “Nossa, tivemos um problema aqui, o que houve? Aconteceu alguma coisa? Quer falar sobre isso?”

Somos muito mais do que um número, somos muito mais do que um gráfico do sensor, nossas emoções vão além das 6 furadas de dedo por dia, das contagens de carbo e das aplicações...

Os médicos (e até mesmo nós) devemos perceber, entender e se preocupar também com a nossa saúde mental. Vocês sabiam que a porcentagem de diabéticos tipo 1 com depressão é assustadoramente alarmante? E se vc não trata essa depressão, o paciente NUNCA irá tratar o diabetes, entrando em uma bola de neve onde o final a gente já sabe onde vai dar.

Muitas vezes me questionei se estava fazendo o correto em falar tão abertamente sobre os meus medos e sobre a bosta que é ter diabetes. Fiquei pensando que realmente os ataques que eu sofro faziam sentido. Como é que falando sobre a tristeza e os pesares da vida vou conseguir ajudar alguém? Mas percebi que quando as pessoas são encorajadas a falar sobre o que e como se sentem, tudo melhora.

Ver que entidades tão sérias, comprometidas, oficiais e enormes como a ADA apresentam trabalhos na mesma linha de pensamento me dá ainda mais força para continuar incentivando a sinceridade emocional.

Seja sincero com vc mesmo, vc não precisa ser forte o tempo todo, vc precisa entender de qual tipo de ajuda vc precisa.

Uma das frases mais TOP da ADA foi “Temos que lembrar que estamos tratando um paciente, e não só a glicemia dele.”

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publicado às 16:11


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